A certificação obrigatória dos produtos orgânicos, que será exigida a partir de 31 de dezembro de 2010, vai além de seu objetivo – a regulamentação do mercado, inclusive com os mecanismos de controle a cargo do Estado.
Apesar da crescente demanda, a agricultura orgânica ainda ocupa pouco espaço nas 5,2 milhões de propriedades rurais do país.
Dados do Censo Agropecuário 2006, divulgado em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que apenas 1,8% do total de produtores usam tal técnica.
Os ramos mais frequentes são a pecuária e criação de outros animais (41,7%) e a produção de lavouras temporárias (33,5%). A maior parte dos produtos, no entanto, é voltada à exportação (60%), especialmente para o Japão, os Estados Unidos e a União Européia.
(Fonte: Radiobrás/Ambientebrasil – 12/2009.)
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A comunidade Européia, entre outros países, tem mais consciência dos benefícios da nutrição com orgânicos do que os BRASILEIROS. Para mudar este quadro, os brasileiros precisam ampliar sua análise para que seja compreendido o alcance de todos os benefícios para sua saúde e a do planeta.
Ao consumir ORGÂNICOS você viabiliza:
– A saúde do meio ambiente devido à isenção do uso de agrotóxicos, adubos químicos e sementes transgênicas;
– A criação saudável dos animais, que devem ser criados sem uso de drogas, como antibióticos — e isso se reflete na qualidade físico química e sensorial do produto final;
– A saúde dos colaboradores, pois, os agricultores ficam menos expostos aos organoclorados, já que a aplicação de agrotóxicos, sem os devidos cuidados, é nociva à saúde e fator estimulante do desenvolvimento de câncer no organismo humano;
– A melhora na resposta clínica frente a diversos tipos de terapias utilizadas, quando associadas à alimentação orgânica, uma vez que estes produtos possuem maior biodisponibilidade de nutrientes e sabor mais pronunciado, aumentando o estímulo pelo alimento.
O governo criou o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (Sisorg), cujo selo será permitido a partir do momento em que o produtor estiver de acordo com as novas regras. Em 2010, procure este selo!
Por que não ter o mesmo nível de exigência dos europeus, no tocante a escolher o que pode entrar pela boca? Seria o custo o fator inibitório?
Será que este custo não será maior se for resolvido no balcão de uma farmácia, resultantes de sintomas provocados pela sobrecarga de agentes tóxicos advindos da agricultura mercadológica? Pense nisso…
(Fonte: Milla Rúbia, Dezembro, 2009.)